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Conheça o Canário-de-Moçambique: O Pequeno Cantor Africano

  • Foto do escritor: Rodrigo Montini
    Rodrigo Montini
  • 13 de mar.
  • 2 min de leitura

Canário-de-Moçambique (Serinus Mozambicus)
Canário-de-Moçambique (Serinus Mozambicus)


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O Canário-de-Moçambique (Serinus mozambicus), também conhecido popularmente como bigodinho africano, é uma das aves canoras mais apreciadas no mundo da ornitologia, tanto por sua beleza quanto por seu canto melodioso. Originário da África Subsaariana, este pequeno passeriforme conquistou criadores e entusiastas por sua vivacidade e capacidade de adaptação a diferentes ambientes. Além de seu valor ornamental e como cantor exímio, ele possui uma história intrigante de interação com humanos e de cruzamentos com outra espécie famosa: o Canário-doméstico (Serinus canaria domesticus). Mas como essas espécies se relacionam e quais os resultados dessas hibridações? Vamos explorar essa história fascinante.


Origens e Distribuição

O Canário-de-Moçambique pertence à família Fringillidae e ao gênero Serinus, compartilhando parentesco com o Canário-do-Atlântico (Serinus canaria), a espécie que deu origem aos canários-domésticos. Essa ave se espalha por uma vasta região da África, sendo encontrada em diversos países como Moçambique, Tanzânia, Angola, Quênia e África do Sul. Sua preferência por ambientes abertos, como savanas arborizadas, bosques e áreas cultivadas, demonstra sua grande capacidade de adaptação.

Na natureza, é comum observar machos cantando em locais elevados para atrair fêmeas, comportamento semelhante ao do Canário-do-Atlântico. A alimentação é baseada em sementes, brotos e pequenos insetos, tornando-o um componente importante do ecossistema africano.


História da Domesticação

Ao contrário do Canário-do-Atlântico, que foi introduzido na Europa no século XV e passou por intensa seleção para se tornar o Canário-doméstico, o Canário-de-Moçambique permaneceu amplamente restrito ao continente africano até o século XX. Sua criação em cativeiro se popularizou especialmente em Portugal e Brasil, onde a ornitologia tem uma forte tradição.

Por ser uma ave resistente e de fácil reprodução, sua criação em cativeiro expandiu-se rapidamente, com criadores investindo em linhagens selecionadas para aprimorar tanto a qualidade do canto quanto padrões de coloração. Hoje, ele é uma das espécies preferidas por quem deseja um canário diferente dos tradicionais, mas com um canto igualmente harmonioso.


Canário Belga Doméstico (Serinus Canaria Domesticus)
Canário Belga Doméstico (Serinus Canaria Domesticus)

Cruzamentos com o Canário-Doméstico

Uma das maiores curiosidades envolvendo o Canário-de-Moçambique é a possibilidade de cruzamento com o Canário-doméstico (Serinus canaria domesticus). Por serem geneticamente próximos, esses híbridos costumam ser férteis, ao contrário de muitos cruzamentos entre espécies diferentes.

Os filhotes resultantes apresentam uma interessante combinação de características: sua plumagem tende a ser amarelada-esverdeada, misturando padrões dos dois progenitores, enquanto o canto pode combinar a melodia longa do Canário-doméstico com os trinados rápidos e característicos do Canário-de-Moçambique.

Criadores muitas vezes utilizam esses híbridos para aprimorar a linhagem de canto dos canários-domésticos, introduzindo novas nuances vocais. No entanto, também há um movimento de preservação das linhagens puras, pois cada espécie possui seu valor genético e cultural dentro da ornitologia.


Conclusão: O Pequeno Tesouro Africano

O Canário-de-Moçambique é um verdadeiro tesouro da fauna africana, unindo beleza, adaptação e um canto cativante. Seja como uma espécie pura ou em cruzamentos com o Canário-doméstico, ele segue encantando criadores e admiradores pelo mundo. Seu parentesco com outras espécies do gênero Serinus reforça a riqueza da biodiversidade aviária, e sua criação controlada pode garantir a preservação dessa joia alada para as futuras gerações.

 
 
 

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